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O REAL TRANSFIGURADO DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI /MAC-NITERÓI

“Nas artes visuais, a liberdade é um germe que contamina todas as produções” Germano Celant


Transfigurar. O verbo aponta o caminho e a ação. Mudar de figura, de caráter; converter-se ou transformar-se. Esta mostra pretende provocar a reflexão sobre a importância da liberdade artística como condição essencial à criação. A Arte Povera italiana fornece as bases para diálogos com a produção brasileira e para a percepção da importância destas trajetórias de ruptura para o cenário artístico e cultural contemporâneo.เกมยิงปลา game slotonline

O movimento conhecido como Arte Povera (Arte Pobre) teve origem na Itália no final dos anos 1960 como resposta à transformação da arte em produto comercial para atender a uma sociedade de consumo insaciável. Em busca de uma relação mais vivencial, os artistas dessa geração incorporavam materiais precários e do cotidiano na criação de obras que questionavam o papel do artista, a função da obra de arte na sociedade e provocavam transformações nos ambientes expositivos e museológicos.

No Brasil, esses questionamentos encontraram o obscuro cenário da ditadura militar onde a repressão e a violência deixaram suas marcas em grande parte da produção artística. A contestação e a crítica sociopolítica assumiam papel de denúncia e de afirmação democrática. Em diálogo com propostas internacionais de libertação das estruturas estagnadas da arte, as pesquisas brasileiras tinham em comum o corpo como espaço simbólico de resistência política e de ação artística. Para além desse fenômeno geracional, estas transformações projetaram-se nas gerações seguintes e integram grande parte das pesquisas contemporâneas.

Além da tomada de consciência destas correlações e singularidades, essa exposição pretende trazer ao público a provocação do que é arte e do que representa a ação do artista. Através do contato com obras icônicas e com importantes nomes da arte brasileira, os visitantes poderão estabelecer as próprias relações a partir de suas experiências individuais, exercitando a prática da democracia e da liberdade essencial à vida, à sociedade e à arte.

Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto